quinta-feira, 5 de julho de 2012


Impasse nas negociações mantém greve nas universidades federais

Continua o impasse nas negociações para acabar com a greve dos professores nas universidades federais. A paralisação prejudica quase um milhão de estudantes.
Uma imagem clássica: corredores praticamente vazios. Uma imagem marcante: manifestação na Esplanada dos Ministérios, que acabou em confusão. São cenas assim que contam a história dessa greve, que já dura 47 dias.
É na sala de aula, porém, que está a melhor fotografia da paralisação. As negociações não avançaram e o resultado são cadeiras vazias na maior parte do dia. Só que a greve não é total e alguns alunos vivem uma situação complicada: têm aulas de algumas disciplinas e em outras, nada. Não sabem quando e como o semestre vai terminar.
De norte a sul do país, 58 instituições federais de ensino superior do país estão nessa situação. De alguma forma, quase um milhão de alunos estão sendo afetados pela greve.
Sem aula, o estudante de Nutrição, Jefferson Borges, e os amigos jogam bola no campus. Para Lucas Resende, a greve não está sendo dramática. “Eu estou no estágio final do curso, que não parou porque a gente presta atividades para a comunidade, então não pode parar”, afirma.
Já Rodrigo Veloso estava cursando quatro matérias, e todas pararam. “Os professores falaram que, assim que acabar a greve, eles mandam e-mail e a gente faz a prova final, e acaba”, diz.
Os servidores também estão parados, o que atrapalha o funcionamento da universidade. A biblioteca da Universidade de Brasília, por exemplo, está fechada, assim como o restaurante universitário da instituição.
O sindicato dos professores reivindica, com outros funcionários federais, reajuste de 22% nos salários e mais um plano de carreira. Diz que, desde a metade de junho, o governo não procura a categoria.
“Nós já apresentamos a nossa proposta e agora estamos aguardando que o governo apresente a proposta dele para a categoria”, afirma Marinalva Oliveira, presidente do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).
A negociação é feita pelos Ministérios da Educação e do Planejamento. Por enquanto, o governo diz que não há data para retomar as reuniões com os professores.

Fonte: 
GIOVANA TELES - G1 GLOBO.COM - 02/07/2012 - RIO DE JANEIRO, RJ

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